Desvendando o universo da Engenharia Clínica

1 Maio, 2019 0 Por admin

Se você acompanha o blog da Sensorweb, com certeza está por dentro de nossa série de textos especiais sobre tecnologia. As abordagens foram as mais diversas: te contamos que o futuro da Saúde é agora; mostramos algumas tendências tecnológicas tanto para pacientes, quanto para ambientes hospitalares; falamos sobre a Internet das Coisas, Big Data, Inteligência Artificial, Telemedicina… enfim! A jornada até aqui foi longa, mas antes de chegarmos ao fim, ainda precisamos bater um papo sobre uma função essencial quando o assunto é gestão tecnológica na Saúde.

Você, por acaso, já ouviu falar em Engenheiro Clínico?! Não?! Pois saiba que essa profissão não apenas existe, como é de extrema importância para o perfeito funcionamento, em diversos aspectos, de hospitais ao redor de todo o mundo.

É isso mesmo! Não temos como falar sobre gestão tecnológica na Saúde sem falar desse profissional.

E aí, quer saber um pouquinho mais sobre o assunto?! Então, vem com a gente entender quem são essas pessoas e quais são as suas funções (e sua real importância) dentro de um ambiente hospitalar. Por que, afinal, elas são tão fundamentais quando o assunto é gestão e tecnologia na Saúde?!

Antes de mais nada

Não dá para começar a falar dos Engenheiros Clínicos sem entendermos, do que se trata tal campo de atuação, certo?!

Pois bem. Para que não restem dúvidas, a gente te explica.

A Engenharia Clínica é uma área de conhecimento que surgiu como uma derivação da Engenharia Biomédica. Ou seja: dentro da Engenharia Biomédica enxergou-se a necessidade de um profissional ainda mais específico, focado especialmente em exercer determinadas funções, tendo, principalmente, extrema noção de gestão e muita responsabilidade.

Sendo assim, um Engenheiro Clínico se concentra em gerenciar as tecnologias de saúde dentro da instituição, aplicando, é claro, seus conhecimentos básicos de engenharia. Dessa maneira, eles visam obter, principalmente, melhorias nos cuidados com o paciente e todos os setores que os afetam diretamente – como infraestrutura e equipamentos, além de contribuírem para o perfeito andamento de todas as frentes de um ambiente hospitalar – inclusive quando o assunto é dinheiro.

É por essas e outras, como te falamos ali em cima, que tal cargo exige muita responsabilidade, fazendo com que esses profissionais sejam de extrema importância para hospitais e instituições de Saúde em geral.

Em resumo: muita tecnologia e Internet das Coisas aplicados em um lugar mal administrado pode virar um problema. E é exatamente aí que o Engenheiro Clínico entra.

Na prática

De maneira (muito) resumida, o Engenheiro Clínico é o profissional responsável pelo cuidado com o “ciclo de vida” da tecnologia e dos equipamentos hospitalares e por fazer “a roda do hospital girar”. No caso dos equipamentos, por exemplo, ele participa de todo o processo, desde a aquisição até a manutenção preventiva e corretiva, passando pelo recebimento, testes, operação e treinamento de funcionários para manuseio do mesmo.

Mas, não é só isso. Então, para que você entenda, quais são as reais funções de um Engenheiro Clínico dentro de uma instituição de Saúde, fizemos uma lista com as cinco principais – aquelas que merecem destaque.

  • Equipamentos

Como falamos ali em cima, o Engenheiro Clínico é peça fundamental quando o assunto é equipamento hospitalar. É ele o responsável pela aquisição, recebimento, testes, plano de gestão, operação, treinamento de equipe – garantindo o uso eficaz e seguro da ferramenta, além de sua manutenção preventiva e corretiva.

  • Resíduos tecnológicos e radioativos

É o Engenheiro Clínico o profissional responsável pela gestão dos resíduos tecnológicos e/ou radioativos da instituição. Ele deve programar o descarte de materiais – como baterias e pilhas; lâmpadas; peças, partes ou até mesmo todo o equipamento desativado; ou qualquer outro material técnico gerado no dia a dia do hospital.

  • Setores tecnológico e financeiro

De uma maneira mais abrangente, eles são, também, os responsáveis pelo planejamento, definição e execução de políticas e programas em toda a gestão da tecnologia médica. Tal função inclui o gerenciamento de riscos, melhorias na qualidade do serviço, atendimento à demanda de pacientes e otimização da produtividade de todos os colaboradores da instituição.

Além disso, os engenheiros clínicos podem tornar um hospital menos custoso e mais eficiente. Afinal, são eles que gerenciam contratos e orçamentos, e coordenam serviços, além de avaliar e otimizar as operações internas. Eles são os responsáveis pelos custos de manutenção do hospital. .

  • Segurança antes e depois (do hospital estar pronto)

Se você pensa que o Engenheiro Clínico é essencial apenas quando o hospital já está pronto e em pleno funcionamento, está muito enganado.

Muito antes de as portas abrirem, ainda no período de obras e organização, esse profissional se faz extremamente necessário. Afinal, ele é bastante requisitado (para não dizer indispensável) em várias etapas da obra, como dimensionamento de espaços, dimensionamento de parte elétrica e hidráulica e na pré-instalação de equipamentos.

Quando o assunto é segurança hospitalar, é responsabilidade do Engenheiro Clínico, ainda, orientar e fiscalizar todo esse processo que falamos ali em cima, para que a legislação e as normas que regem a Saúde sejam devidamente cumpridas.

Com o hospital já em funcionamento, caso haja necessidade, é ele quem realiza orçamentos, compatibiliza infraestruturas e gerencia as obras ou intervenções.

  • Consultoria

E por fim, mas não menos importante, engenheiros clínicos podem oferecer, ainda, consultoria para que o hospital alcance as certificações de qualidade exigidas pelo mercado e pelos órgãos reguladores.

 

Tamanho não é documento

Agora que batemos um papo breve sobre os engenheiros clínicos e a importância que esses profissionais têm para o ambiente de Saúde, uma coisa a gente pode afirmar: o tamanho do hospital é o que menos importa. O que realmente interessa é que ele tenha um Engenheiro Clínico qualificado e sempre a postos, sendo sempre responsável, principalmente, pela gestão tecnológica da instituição. Tal cuidado pode (e vai) fazer toda a diferença na hora de salvas vidas.

 

Fonte: https://sensorweb.com.br/o-universo-da-engenharia-clinica/